31.1.06

À mon avis

Blog do meu amigo Emil Kagstrom. Um jovem que veio da Suécia e ama o Canadá. Confiram.

Emil escreve em inglês, sueco e algumas palavras em fracês. Ele promete fazer uma versão do site nas três línguas. Sucesso, Emil!

Nós fizemos um curso de francês avançado no mesmo grupo. Emil fala bem o francês, mas é realmente muito difícil escrever em francês. Eu comecei o Prise de Notes com poucas palavras.

24.1.06

Partido Conservador no poder

E os conservadores ganharam. Após 13 anos no poder, os liberais perdem para os conservadores. Até antes do resultado, tinha-se dúvida de quem ganharia. Apesar dos escândalos de corrupção o Partido Liberal iniciou com boa votação. A maior expectativa aqui no Québec era que se votasse um maior número de deputados do Bloco Québécois, o que não aconteceu, au contrário o Bloco perdeu 3 deputados.

Uma outra expectativa era que mesmo que os conservadores ganhassem eles não teriam a maioria, o que se confirmou.

O resultado ficou assim:

Parti conservateur du Canada 124
Parti libéral du Canada 103
Bloc québécois 51
Nouveau Parti Démocratique 29
Indépendants 1
Autres 0

Isto significa que o Stephen Harper irá governar mas se a maioria, o que é um bom sinal, pois ele terá sempre que negociar com os outros partidos.

Surprendentemente o Partido Conservador teve muitos votos no Québec. Não se esperava isso, principalmente pelo fato do Québec ser uma região mais liberal e apregoar a liberdade das pessoas se conduzirem como desejam. Assuntos como aborto, casamento entre homossexuais, entre outros, são caros para esta região.

Mas um dos motivos que podemos infererir para esta votação expressiva de conservadores, é exatamente o programa eleitoral deste partido que promete um federalismo aberto, com maior liberdade para as províncias. Haper prometeu inclusive lutar por um lugar em organismos internacionais, como a UNESCO, para o Québec.

Entre outras coisas Harper tem em sua plataforma de governo a diminuição da taxa do TPS de 7 à 6 porcento, depois de 5 porcento, promete também dar uma garantia sobre a lista de espera para pacientes que precisam de cirurgia, entre outros.

Durante os debates que assisti, pude perceber que M. Harper dava o seu recado em todas as oportunidades que podia. Resumia o seu programa eleitoral e dizia todo o tempo que mudaria a forma de governar o Canadá. Não é à toa que o programa de governo (que contém 46 páginas) tem por título "Changeons pour vrai", quase um ataque direto ao governo liberal que foi baseado em muitas coisas obscuras, como corrupção e uso indevido de verbas.

Sobre imigração é interessante ler a página 38 do progrma conservador. O tópico sobre o título de "Un plan d'immigration qui convient au Canada". Vocês podem até rir, mas é a mais pura verdade, o projeto liberal de imigração privilegia dançarinas e strepeurs (não sei como escreve isso) em detrimento de outros profissionais. O partido conservador denuncia isto em seu programa:

La feuille de route des Libéraux en matière d’immigration consiste à tolérer que certains passent avant d’autres, à mettre en place des programmes spéciaux pour des stripteaseuses étrangères et à faire traîner pendant des années des demandes d’immigration légitimes à cause de tracasseries administratives. De plus, ils exigent des droits très élevés pour les demandes d’immigration qui servent à payer les dépenses inutiles et corrompues d’autres ministères.

Un gouvernement conservateur établira un programme d’immigration juste et rationnel qui convient au Canada.


Esperamos!

23.1.06

Hoje é o dia de votar!

Em plena segunda-feira, dia de retorno à rotina de trabalho e estudos, dia de eleições no Canada. O voto é facultativo, ou seja, o canadense não é obrigado a votar. Em resumo, quem vai sacrificar seu horário de almoço para votar? Certamente as pessoas mais conscientes e comprometidas com o destino da nação.

Jovens universitários, profissionais, e aposentados são os grandes eleitores. O problema é que um pequeno número de eleitores pode decidir a eleição. Às vezes um único voto pode fazer toda a diferença.

Todos os meus amigos e colegas daqui do Québec que ficam sabendo que no Brasil o voto é obrigatório acham isso muito interessante. Sim, pode ser. Mas no Brasil além de sermos obrigados a votar, somos também obrigados a trabalhar gratuitamente para a Justiça Eleitoral e tenho certeza que nenhum canadense ficaria satisfeito com isso.

O que lhes parece interessante, o voto obrigatório, é o fato de todos terem que votar, quando aqui no Canadá as pessoas têm a liberdade de escolher se vão votar ou não. Mas penso que exatamente por isso, os políticos aqui têm mais trabalho para convencer o eleitor que vale a pena sair do conforto de casa ou do seu trabalho, para votar. E este trabalho não se resume em palavras e promessas, mas realmente em planejamento e ação quando eleito.

É isso.

18.1.06

Canadá: política e eleições

O Canadá herdou o sistema de governo inglês, ou seja, a democracia parlamentarista. Tem algumas coisas especiais aqui no Canadá, como o fato da sua indepedência ter ocorrido em 1867 e apesar disso continuar tendo como chefe de governo a Rainha da Inglaterra.

O Canadá finalmente obteve sua independência total em 1931, segundo os termos do Estatuto de Westminster. Mesmo após a independência, a Rainha da Inglaterra ainda continua como chefe de governo e tem até um governador geral, que no caso atual, é uma governadora, a Michaëlle Jean.

A eleição para primeiro ministro acontece de uma forma diferente também. Os cidadãos não votam diretamente para o primeiro-ministro. O primeiro-ministro será o chefe do partido mais votado. É muito importante para cada partido votar em bons líderes. Eles são como uma vitrine dos partidos.

O Canadá é dividido em regiões eleitorais que na maior parte das vezes coincide com as regiões geopolíticas. Cada uma destas regiões é chamada de Comté. A região do Comté de Sherbrooke por exemplo, vai eleger um deputado federal.

É muito importante para o Québec eleger o maior número de deputados do Bloco Québecois para ter uma boa representação federal.

16.1.06

Rodrigo!

Rodrigo é um jovem brasileiro que chegou à Sherbrooke no início de dezembro. Ele fez contato conosco pelo Orkut e no dia do seu aniversário, 5 de janeiro, nos convidou para sua festa com alguns amigos.

Fomos encontrá-lo no Bar Caffucino e tive a bela surpresa de saber que o Rodrigo é sobrinho da minha amiga Arlete. Rodrigo ficou impressionado por encontrar em Sherbrooke três pessoas de Feira de Santana.

Aqui algumas fotos do nosso encontro.







15.1.06

Uma belo encontro

Hoje organizamos um jantar espcial, uma raclete, com os amigos Wal e Paulo e também convidamos Michel e Florienne, amigos de Maurice. Michel é amigo de Maurice de longa data, os dois trabalharam juntos dentro do ramo de orientação profissional. Um encontro maravilhoso, onde pudemos falar de nossa cultura, nossa gente, nossa história e onde tivemos o prazer de ouvir a belíssima interpretação da Florienne (ela já foi cantora profissional!) e as maravilhosas histórias deste casal que já viajou todo Canadá e Estados Unidos.

Realmente um belo encontro!

Parabéns, Nancy!

A festa de aniversário de Nancy, minha amiga, foi formidável. Amigos, boa música, boa conversa, um jantar, com uma entrada de queijos, frutas e algumas bebidas.

Foi simplesmente uma bela festa. Parabéns, Nancy!

11.1.06

Eleições no Canadá

O ano de 2006 é o ano de eleições gerais no Canadá. No Brasil teremos eleições também, mas as eleições no Brasil são um capítulo à parte. De qualquer forma durante os debates entre os candidatos canadenses, consegui entrever qualquer semelhança entre a situação do presidente Lula e o primeiro ministro Paul Martin. Os dois estão cercados de denúncias de corrupção mas continuam agindo como se a coisa toda nada tivesse a ver com eles.

Fiquei mesmo admirada com a posição do Paul Martin, seguro de si, um discurso sempre pronto e bem estabelecido para qualquer questão.

É preciso explicar que as eleições foram antecipadas no Canadá por causa de denúncias de corrupção, o famoso Relatório Gommery, ou Rapport Gommery. O realtório esclarece pontos sobre o escândalo de commandites (fundos públicos usados para fazer publicidade para o partido liberal). Após este acontecimento, o governo perdeu o apoio do congresso que declarou eleições antecipadas.

Bem que este tipo de coisa podia acontecer no Brasil, não é verdade?

O autor do relatório é o juiz John Gomery. O realtório saiu em forma de livro e corre o risco, de acordo com o jornal Le Devoir, de ser uma das obras mais lidas em 2005.

O problema é que o Paul Martin continua como candidato, isto eu não consigo entender. Como é que ele teve apoio do seu partido em meio a tantos escândalos? Bom, é preciso esclarecer que o escândalo de commandites aconteceu na época que o Paul Martin era ministro de finanças do governo de Jean Chrétien, e muita gente acha que o Martin é inocente e ficou calado para não prejudicar o ex-primeiro ministro.

Além do Paul Martin, do Partido Liberal, os outros candidatos são: Jack Layton (NPD) Gilles Duceppe (Bloco québécois) Stephen Harper (Parti conservador).

O candidato do NPD, algo como partido neo-democratico, lembra algum personagem sa;ido das telas dos filmes de western americano. Apesar disso, ele é de origem québécoise e fez questão de enfatizar isto durante o debate. Com uma performance um tanto inócua, o candidato do NPD todo o tempo atacava o governo liberal e dizia que o seu partido seria a solução para os problemas do país.

O candidato do partido conservador apresenta uma proposta consistente e dá o seu recado de forma sintética. Ele também enfatiza em todo o momento que a solução é votar no seu partido. Foi considerado o ganhador do primeiro debate com folga em relação aos outros. Creio que o segredo foi realmente falar o essencial, sem muitos rodeios e conjecturas.

O candidato do bloco québecoise, Gilles Duceppe é bem preparado e tem um discurso convicente, sempre alinhavado com a questão social, realmente a marca do Québec. Mas o bloco québecoise prega um Québec livre e independente, uma nação. Para mim fica meio estranho um separatista candidatar-se a primeiro ministro de um país do qual deseja separar-se. Então a sua primeira medida seria dar o direito do Québec livre?

Perguntei isto aos amigos surveinistes (separatistas) e eles não vêm problema algum. Sabem que o Gilles Duceppe não tem a menor chance, mas ele representa o Québec, e sua representação é um meio de pressão para o governo federal.

No segundo debate, em francês, Gilles Duceppe foi de longe o grande vencedor. Seguro, com questões pertinentes a todo momento. Paciente, fazia comentários bem claros e em dado momento fez até mesmo o Martin chamar o Québec de nação.

Foi interessante também ver o Gilles Duceppe chamar o Paul Martin de Jean Charest. Ele desculpou-se, é claro, e disse que os dois são muito semelhantes. Eu já tinha feito este comentário no início do debate, pois muito da fala do Paul Martin, reportou-me ao debate entre Jean Charest e Bernard Landry (ex-chefe do Partido québécois).

O mais interessante de tudo é que a Radio Canada não chegou a declarar o ganhador do debate de ontem. No debate de segundo a TV fez questão de cantar aos quatro cantos que o grande vencedor doi o candidato do partido conservador.

Alguma semelhança com uma famosa rede de televisão no Brasil?

6.1.06

Le Point d'équilibre



Não deixem de ler.

5.1.06

Molika e eu


Foto da minha amiga Molika e eu em 24 de janeiro de 2005. Hoje, 5 de janeiro de 2006, nos encontramos de novo!

1.1.06

O Ano Novo chegou!



O novo ano chegou para milhões de pessoas em diversas partes do mundo, para muitas outras esta mudança de ano não faz a menor diferença.

Estamos felizes com o novo ano que começa. Novas resoluções, novos planos, novos objetivos.

Passamos a festa de Ano Novo em família. Wal preparou um jantar delicioso para nós com moqueca de peixe e camarão. Preparamos frutas para um foundue ao chocolate e fomos para a sala de foyer (lareira), para conversar e esperar o Ano Novo chegar.

Foi uma bela noite de conversas, reflexões e temas complexos como o ser e o ter, a vida, a morte, tipos de vida, tipos de reações sobre a vida. Acontecimentos explicáveis e inexplicáveis. Claude é um grande estudioso destes mistérios e nos brindou com a sua sabedoria.

Entramos assim no Ano Novo: reflexivos, mas conscientes de que somos nós quem decidimos o nosso destino, para onde vamos e o que vamos fazer. Todas as coisas que se passam ao nosso redor, podem contribuir ou impedir nossos objetivos; precisamos estar bem preparados para realizar o que desejamos. Bem preparados, saberemos como enfrentar as dificuldades.

Feliz Ano Novo! Feliz 2006!