28.4.06

Briga de vizinhos

Para falar desta briga de vizinhos eu vou contar uma história, ou uma estória como preferirem. De minha parte, prefiro usar o termo história não importa se a mesma é fictícia ou não. Uma discussão para gramáticos. Alguns chegam a afirmar que o termo estória é uma cópia do inglês story e por isso não aprovam o seu uso na língua portuguesa. Penso que toda história é uma história. E depois a gente estuda tanta História na escola que não merecia tal estatuto.

Mas vamos lá. No caso da história que vou contar, trata-se de algo verdadeiro. Mas no caso de você preferir o termo estória, cabe direitinho também.

Comecemos. Tudo começa assim, era uma vez o senhor muito rico e poderoso, o problema é que para ele construir suas casas e empresas ele precisava da madeira que seu vizinho não tão rico e poderoso produzia em quantidades altíssimas. O senhor rico resolveu negociar com o vizinho não tão rico para comprar grandes quantidades de madeira. Como todo rico, o rico queria comprar mas queria ter o máximo de lucro com as compras. Como todo não tão rico, o vizinho queria vender. Não tinha escolha, as suas economias dependiam destas vendas. Então o vizinho não tão rico aceitou em vender a madeira para o vizinho rico e poderoso.

Acontece que, como em toda a família, os familiares do vizinho não tão rico começaram a reclamar que o negócio não era justo. O vizinho não tão ricovendia para o rico e poderoso e este último taxava o que comprava do primeiro e no final das contas o primeiro acabava vendendo a preço muito menor.

Todos reclamaram. A família do não tão rico por estar vendendo a um preço mais baixo o que acarretava inúmeros prejuízos e a família do rico e poderoso também reclamava para este não aceitar as condições do seu fornecedor.

Assim se passaram os anos. Passaram-se cinco anos e nada de solução. O rico continuava a comprar do vizinho não tão rico. O rico continuava a lucrar com a compra, e o não tão rico continuava a ter inúmeros prejuízos. Durante os cinco anos vários negociadores foram contratados por vias democráticas, porque os dois vizinhos são conhecidos como grandes democracias no mundo.

Finalmente o vizinho não tão rico escolheu um representante que tem bastante simpatia pelo vizinho rico e então as discussões começaram a se aproximar de um acordo. O acordo chegou. O vizinho rico resolveu pagar o valor que devia mas como todo rico, conseguiu um desconto de 1 bilhão de dólares.

E o vizinho não tão rico ainda tem que ficar feliz porque o rico e poderoso chegou a um acordo. Ainda poderia ser pior.

E assim termina a história. Ou vai começar outra?

6 comentários:

Anônimo disse...

Puxa vida.

E se eu for morar na vila do vizinho não tão rico acabarei financiando o vizinho rico com meus impostos. Sacanagem! hehehe

Saudações!
[eddie]

SirTrader. disse...

Histórias fictícias e histórias reais no mundo do gelo.


O vizinho não tão rico e poderoso, poderia e pode não estar afeganistando e exportar a sua rica e poderosa madeira para os ricos e quase poderosos súditos europeus do vizinho poderoso. Além de aproveitar-se do crescimento do mercado da construção do vizinho poderoso, dando-lhe um sufoco e demonstrando-lhe cabalmente que é melhor pagar um pouco mais pela madeira do norte e não causar inflação alta em seu mercado imobiliário e hipotecário.
O vizinho não tão rico também poderia continuar não exigindo passaporte dos residentes e simples mortais do vizinho sulista, não prejudicando sua indústria do turismo para satisfazer o imperador do sul.
Em breve, o imperador do sul, irá requerer o petróleo do norte a preços subsidiados e esperemos que o mimético representante do norte não venha a concordar para agradar ao imperador de além das cataratas.

Abração,

Harfang. SJC/SP.

Marcio Barros disse...

Apenas uma coisa tenho certeza... todos os dois são ricos..hehehe.
Abraços
Márcio e Leudia

Anônimo disse...

Como o velho ditado diz: viver é perigoso!

Anônimo disse...

Isso é o que geralmente se vê, os ricos querem ser cada vez mais ricos, mesmo que tenha de subir em cima do menos rico.
Há até alguns paizes assim.
Abraços do
Ismael Cirilo

Poeticamente... voando... disse...

Pois é, cada um querendo o seu pedaço e muitos os dos outros também...
tive vizinhos que ocupavam todo o meu espaço (pasmem! em Montreal). Graças à Deus, passou, quer dizer, passaram...
um abraço.
Katia.