18.6.05

Notre Érable

Esta é a nossa Érable, eu a nomeio assim, apesar dela pertencer mais ao nosso vizinho. Mas é que ela está aqui bem do lado da casa que moro. É tão linda e tão imponente. Eu a conheci no outono, esplendorosa, com as cores maravilhosas que somente o outono podem trazer. Eu a vi vestida de verde, depois de um vermelho intenso. As suas cores foram se esvaindo, mas apareceu um amarelo lindo, sem igual. Depois o amarelo se transformou em uma cor quase de palha. E todas as folhas se foram.

O inverno chegou e nossa Érable ficou assim, coberta de neve, vestida de branco como uma noiva que espera o seu amado.




O seu amado chegou na primavera. E ela se fez verde de esperança. A vida recomeça.




Eu queria escrever sobre o milagre das quatro estações e como elas representam bem o nosso estado de espírito em muitas ocasiões. Mas, oh, que pena, as fotos que fiz da nossa Érable no outono e no comecinho do inverno eu as enviei para a minha irmã Lúcia pois queria muito lhe dizer sobre como a natureza nos ensina de forma simples que a vida é um eterno recomeço. Em algum momento nos sentimos enclausurados em nossos pensamentos, em nossas angústias e não conseguimos ver nada senão a nossa dor, o nosso sofrimento. Nestes momentos os outros parecem não nos ver também, isto porque nos fechamos em nossa dor. É o inverno da alma. Mas o inverno chega ao seu fim e a vida começa a pulsar em nosso interior e as cores surgem reluzentes. O verde; há esperança!

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