29.6.05

Sobre casamento entre pessosas do mesmo sexo

O Canadá aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Aprovou algo que já é quase institucionalizado porque vários juízes já reconheceram este tipo de relacionamento em tribunais. Um avanço na política liberal.

O Canadá é o terceiro país do mundo a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Hoje estivemos a discutir este assunto durante o almoço. Eu penso que todos devem ter direitos civis iguais. Então se duas pessoas do mesmo sexo querem se casar, elas devem ter este direito.

Uma outra questão que discutimos foi a questão de filhos de casais homossexuais. Eu particularmente penso numa visão de educadora e penso que teremos um novo tipo de criança em nossas escolas. Crianças advindas de famílias constituídas de forma diferente das habituais. É coisa para se refletir. Em breve estaremos pesquisando o desenvolvimento destas crianças, como elas se relacionam com as outras, como elas aprendem.

E vocês, o que pensam sobre tudo isso?

6 comentários:

Luciana disse...

Eu acredito na liberdade sexual. Mas, em relação a filhos de pais homossexuais, eu ainda não tenho uma opinião formada. Elyene, vc é formada em que? Eu fiz Pedagogia, se eu conseguir reconhecer meu diploma, quero ser professora(depois q dominar a lingua francesa. ;)
Bjs
Até a proxima

Elyene disse...

Oi Luciana! Eu também não tenho uma opinião formada sobre filhos e casais homessexuais.

Eu também sou pedagoga! Somos colegas :)

Anônimo disse...

Olá, Elyene!

O casamento entre pessoas do mesmo sexo é um evento que rompe fundamentalmente a tradição do povo cristão.

Nao pretendo aqui dizer o que penso, pois ainda nao tenho um posicionamento definitivo.

Como você, eu também estudei Pedagogia. Mas, antes (da Pedagogia) estudei Psicologia (com especializaçao em Psicoterapia e Psicanálise). Mas minha paixao é a pesquisa em "Literatura e Psicanálise", o que me obriga (prazerosamente) a ler os estudos de rupturas sociais.

Gostaria de sugerir a leitura de um estudo publicado pela Faculdade de Psicologia, da Universidade Mackenzie (Sao Paulo). Trata-se de um texto breve, de 12 páginas, elaborado pelas pesquisadoras Carolina Jardim Barboza e Tania Aldrighi, cujo interesse foi investigar a educaçao e formaçao de filhos de casais homossexuais.

As autoras mostram que a definiçao sexual independe da criaçao ter sido realizada por pais homos ou heterossexuais, e elas citam esta afirmaçao: "A ORIENTAÇAO SEXUAL DOS PAIS NAO INFLUI DE MODO ALGUM NA DOS FILHOS, JÁ QUE DESSA FORMA TODOS OS PAIS DE GAYS NO MUNDO SERIAM IGUALMENTE GAYS".

O trabalho também revela que a realidade brasileira é muito semelhante à dos Estados Unidos e do Canadá.

Eis o site: http://www.mackenzie.com.br/universidade/psico/publicacao/biniciacao1_1/artigo7.pdf

Um grande abraço,

Mariana Estevam

Elyene disse...

Oi Mariana! Obrigada pelo comentário instrutivo. Obrigada pela indicação de leitura também. bom saber que somos um pouco coletas :)

Eu sou apaixonada por literatura!

Anônimo disse...

Querida Elyene,

Parabéns pelo "arquivamento" das matérias em seu Blog. Localizei o tópico pretendido, em menos de 30 segundos.

Beijos,

Mariana

Eis o que o jornal "O Estado de S.Paulo (Estadão)" publica hoje:
Duas mães
Justiça gaúcha autoriza adoção por casal homossexual


Um casal homossexual, em união estável, pode ser responsável legal por crianças adotadas. A decisão unânime é da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que permitiu que um casal de mulheres seja responsável legalmente por crianças adotadas.
(...)
Em primeira instância, a Vara da Infância e da Juventude de Bagé (RS) aceitou o pedido. O juiz entendeu que a adoção garante aos dois irmãos direitos de herança, inclusão em planos de saúde e pensão alimentícia.
(...)
O Ministério Público recorreu da decisão. Entrou com uma Apelação Cível alegando que em nenhum momento a legislação se refere a um casal homossexual. A adoção, segundo o MP, valeria apenas para união entre homem e mulher.

O desembargador Luis Felipe Brasil Santos se valeu da jurisprudência da Justiça gaúcha, que em algumas decisões, admitiu a união estável de casais homossexuais, e a aplicou no caso atual.

(...)
Nadaud , em sua tese de doutorado, realizou estudo sobre uma população de infantes criados em lares de homossexuais, constatando que:
(...) globalement, leurs comportements ne varient pas fondamentalement de ceux de la population générale. Il ne s’agit donc pas d’affirmer que tous les enfants de parents homosexuels “vont bien”, mais d’apporter uma pierre supplémentaire à l’édifice des études qui montrent déjá que leurs comportements correspondent à ceux des autres enfants de leur âge. Ce qui revient absolutament pas à nier leur spécificité.

(...)

Para ler, integralmente, o texto da decisão histórica: http://conjur.estadao.com.br/static/text/43339,1

Anônimo disse...

corrigindo meu e-mail:

marianaestevm@yahoo.com.br

(e não como constou: o algarismo "2", em lugar do símbolo " @ " ).